10 de fevereiro de 2010

Deus; livrai-me dos preconceitos!

E que ele escute minhas orações, que faça por mim o que deve ser também feito a todos.

Mas antes de contar a história vamos às confissões.
Eu sou uma pessoa preconceituosa. E quem não é? Eu tenho a vergonha na cara o suficiente de assumir. Pelo menos eu tenho.
Tenho muito preconceito quanto a pessoas burras. Não as que são sem instrução, as que são burras de espírito, que acham que podem passar todo mundo pra trás e que acham que tem mais inteligência do que outras pessoas.
Tenho preconceito quanto às pessoas que não tem dentes também. Me desculpem... Entendo que acontece de não se ter condições de colocar um dente, pode-se ter pedido por varias maneiras, mas quando a pessoa tem a instrução, condição e tudo mais e  mesmo assim não coloca, eu tenho preconceito... Morro de agonia 5x mais do que a pessoa que não tem por falta de condição. Acho que ter dentes e mais importante do que usar roupas arrumadas...
Tenho preconceito quanto a bêbados... Não me tolero bêbada, quanto mais os outros.
Tenho preconceito quanto a pessoas que curtem uma “filação”. Não tem grana porque saiu de casa então? Aff!!
E tenho preconceito aos meus próprios preconceitos... Acredito que eu preciso trabalhar melhor esses pontos para chegar praticamente ao ponto de “Madre Tereza de Calcutá”.
Mas um preconceito que eu viro e mexo sofro e o justo por não ter o preconceito de uma coisa que causa muita polemica ainda hoje em dia. O homossexualismo.
Outro dia uma prima foi perguntar para uma amiga se eu era Gay. Se a minha opção sexual e tão importante pra ela, porque não veio me perguntar? Responderia numa boa. Não, eu não sou gay. Tenho ótimos amigos e amigas que são, porque eu sempre acreditei que a opção sexual de alguém não faz o seu caráter. E acredito também que até que não me faça mal o que eu tenho haver com isso? Confesso que na hora eu fiquei indignada... Mas hoje eu já dou risada.

E ai eu me pergunto. Qual é o problema?
Eu acho ótimo! É menos mulher pra competir comigo! Hauahuahuahua
Complexo que é menos homem também, mas isso a gente tira de letra. Sempre existiram cantadas chulas que dizem. “No dia que você resolver variar, me procura?“ As vezes pode até colar, o cara gostar da idéia e acabar ficando comigo. Meio impossível, mas tudo bem. Sonhar nunca foi demais.

O que mais me impressiona é que as pessoas acreditam que o homossexualismo é doença. Pelo amor de Deus... Doente é uma pessoa que acredita que é doença.
Penso que da mesma forma eu gosto mais de homens altos, magros de cabelos escuros e olhos verdes, uma amiga minha pode muito bem gostar de uma loira alta, peituda. Que mal tem? O gosto dela não é igual ao meu, mas não é errado por ser diferente.

Muitos homens acham à coisa mais sexy do mundo ter duas mulheres se pegando na cama. E porque elas não podem ser um casal? Porque dois homens não podem ser um casal? Porque somente um homem e uma mulher pode ser um casal?

E vamos deixar o povo ser feliz... Ai eu me pergunto. Amor tem que ter cor, credo e raça? Tenho certeza que a partir do momento que declaro não ser homossexual e não me importar com o fato de alguém que eu conheça seja isso pode me trazer problemas de descriminação, como eu sempre digo, dou um boi pra não entrar em uma briga, mas uma boiada inteira pra não sair dela. Declaro que eu adoro uma confusão, e que se for para me linchar que façam com justificativas, olhando para o lado e pensando, que nunca teve um momento considerado “gay” na vida, atire a primeira pedra. Lembrando que dizer ao amigo que o “ama” é uma coisa gay. Brincar com a amiga dizendo que ela está “gostosa”, “bonita” ou coisa parecida é uma coisa gay. Então, que venha o julgamento...

2 comentários:

  1. adorei!!!!!!!!!!!!!
    quem nunca teve um preconceito sobre algo ou nunca foi vitima de algum tipo de preconceito, esta no ser humano o preconceito, cada um com o seu , temos q aprender a aceitar e conviver com eles no nosso dia-a-dia .
    beijos!!!!!!!

    maria fernanda

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  2. Eu tinha preconceito sobre os homossexuais, admito, mas sempre soube que conviveria com eles a vida toda - direta ou indiretamente. Então a conclusão foi óbvia: ou me livro disso e os abraço como as ótimas pessoas que são (e a maioria deles é, mesmo), ou deixo essa porta enferrujada no meu caminho e vivo com essa dificuldade, VOLUNTARIAMENTE, o resto da vida. Escolhi jogar ela fora.

    Aprendi que eles são iguais a mim, só com um modus operandi diferente do meu; consegui abraçá-los como eu queria.

    Só não acho que preconceito seja inerente a todo ser humano. Estranhamento, sim, é coisa que vem dentro de nós desde os primeiros humanóides, mas PRECONCEITO é coisa aprendida. Ele é o estranhamento seguido de reação de escárnio ou de rechaço (às vezes, violento) do objeto/pessoa estranhado.

    E também não ouso generalizar dizendo que todo mundo é preconceituoso. Muita gente nasce, vive e morre sem ter preconceito algum. Só que essas pessoas maravilhosas não dão Ibope - aí é que tá. ;-)

    Beijo, Maria!

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E então?